sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Projeto Verão 2016


Na verdade, o título desse post é uma brincadeira, porque todas as mulheres que não estão com o corpo perfeito, começam a se preocupar mais com essa questão, quando as estações do ano mais quentes se aproximam. Projeto-verão é algo que tem prazo de validade para expirar, e na verdade, as pessoas deveriam fazer um projeto-mudança-de-estilo-de-vida

Desde que o Gabriel nasceu, minhas idas à academia ficaram muito condicionadas a "ter ou não ter empregada, eis a questão". As mulheres que trabalham fora vão me entender perfeitamente. Como dar conta da casa, do trabalho, do blog, das obrigações e esportes do filho, do marido, e ainda por cima, cuidar do próprio corpo? Não sobra tempo, e a disposição passa longe e dá tchauzinho.

Portanto é fácil entender. Quando tenho ajuda em casa, dá para malhar (e quando nos exercitamos, fica mais fácil resistir à palha italiana, ao sorvete, etc). Quando não tenho, sento e choro. Fica mais fácil até conciliar as atividades. Por exemplo, se tenho uma ajudante para ir comigo na academia, posso deixá-la olhando o Gabriel, enquanto faço um pouco de musculação, por exemplo. Sem ela, não tenho coragem. Vai que o menino se perde? Pula numa piscina? Etc, etc, etc.

Esse ano dei sorte. Estou com uma pessoa super legal que me ajuda muito, e tive o incentivo de uma amiga que me arrastou para a ginástica localizada (algo que eu passava longe há uns 15 anos, juro). Eu odeio ginástica localizada, com todas as minhas forças. Porém, parei de ver resultado na musculação. Eu nunca tinha recebido ajuda de personal, achava isso um desperdício de dinheiro. E isso, minha gente, foi uma tremenda ignorância da minha parte. O personal faz toda a diferença na vida de um ser humano.

Comecei indo um dia na aula de localizada, com uma super amiga minha. Vou morrer agradecendo por ela me carregar para essa aula. Eu jamais teria ido sozinha, por pura covardia e vergonha. 

Eu não conhecia os pesos, não me equilibrava bem na hora de fazer agachamentos e avanços, tropeçava (ainda ontem eu tropecei), derrubava minha garrafa de água no chão, pegava o peso mais leve ("peso-cotonete"), não conseguia realizar todas as repetições, ficava olhando para o relógio o tempo todo, fazia os exercícios toda torta e sempre do lado errado.... Eu era a pior aluna que um professor poderia desejar.

E ainda era meio debochada (mas uma debochada fofa). Eu pensei seriamente em desistir. Para ser completamente honesta com vocês, todos os dias eu penso. Mas aí eu dei outro golpe de sorte. Algo que fez toda a diferença na minha vida: o professor.

Pensem num cara muito chato. Com mania de arrumação. Mandão. E com uma legião de alunas-fãs, que em um primeiro momento, achei que eram de uma tribo que não tinham nada a ver comigo (aqui estou sendo educada, confesso que pensava coisas piores delas).

Em pouco tempo, percebi que aquele cara "chato", era o mesmo cara que sabia todos dias em que eu faltava e me dava esporro. Por falar em esporro, eu tomava bronca do início ao fim da aula. O "chato" corrigia minha postura e protegia minha coluna e joelho. Contava pra turma toda quando eu não conseguia fazer todas as repetições. Passava sermão. Parecia um pai, ou um irmão mais velho (descobri que ele é mais novo que eu há uma semana), ou um professor daqueles da escola, que faz toda a diferença na nossa vida.

Pensem nisso. Se alguma pessoa na sua vida, está sendo chata contigo nesse exato momento, meus amigos, essa é uma pessoa que se importa com você. Que quer ver sua evolução. Essa é uma pessoa que poderia estar fazendo qualquer outra coisa mais interessante do que perder o tempo dela (e todos sabemos que tempo é o nosso bem mais valioso) com você. 

Esse professor podia simplesmente dar uma aula "bem dada", que estaria realizando o trabalho para o qual a academia o contratou.

Fiquei tão motivada com ele, que comecei a fazer personal. No início, foi tudo MUITO esporádico, e depois fui gostando mais e mais, e fazendo mais vezes na semana. Lentamente, fui mudando muitos hábitos destrutivos que eu tinha na vida, embora fossem extremamente agradáveis.
Por exemplo, eu ia ao Outback TODAS AS SEMANAS. Eu comia sorvete com doce de leite SEMPRE que levava Gabriel nas fonos. Esquecia de beber água. Passava longas horas sem comer, quando o trabalho exigia muito de mim. E muitas outras coisas.

Descobri amigas no meio das alunas-fãs desse professor, e virei, eu mesma, fã de muitas delas

Agora ele me convenceu a ir na nutricionista. Já marquei e irei na próxima semana. Aos pouquinhos, estou mudando a minha vida. Obviamente, quero estar melhor, mais forte e mais magra para o verão de 2016. A ansiedade atrapalha muito. Mas não pretendo abandonar tudo no inverno de 2016. 

Quando começamos a vislumbrar os resultados, geramos ânimo para fazer todas as outras coisas relativas ao nosso bem-estar. Passamos a usar os cremes do rosto, não esquecemos o fio dental, animamos de pintar o cabelo...Já repararam? A vida muda pra melhor, em todos os sentidos.


Agradecimentos especiais:
Ao destino, por ter me mandado uma ajudante super legal aqui pra casa.
À amiga Helô, por ter me arrastado para a aula de ginástica localizada.
Ao meu professor "chato" Bruno Lopes (@brunolopesbl), por usar sua chatice para o bem. O mundo seria um lugar melhor, se houvessem mais professores "chatos" como você.

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minhapele@ig.com.br, Rio de Janeiro, Brazil
Uma médica que ama dermatologia, medicina estética, e principalmente, ADORA o que faz. Um cirurgião plástico apaixonado pela profissão.

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