sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Semana que vem tem mais!

Olá!!!
Estou aqui, novamente, escrevendo da academia.
Só queria dar um recadinho.
A peça que encomendei para consertar o computador chega na terça-feira, portanto a previsão é que eu volte a postar na semana que vem (isso considerando que o problema é só essa peça, vamos torcer!).
Tenham todos um ótimo final de semana!
Obrigada pelas palavras de encorajamento. Eu até imprimi alguns comentários lá no consultório, de vez em quando eu leio na cama.
Temos muitos assuntos dermatológicos para discutir, muitas novidades, cremes que precisam ser comentados, enfim, quero minha vida e nosso blog de volta!
Beijos no coração!!!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bom dia!!! (e novidades boas!)

Oi, pessoal!!!
Estou escrevendo este post da academia, por isso não teremos fotos hoje. O meu computador de casa está com um probleminha, e no consultório, nem sempre sobra tempo.

Vocês não imaginam como me ajudaram com os últimos comentários do post sobre autismo. Digo isso, porque, de verdade, muitas pessoas amigas e parentes, me desaconselharam veementemente  a escrever aquele post. Claro, me disseram isso com as melhores intensões em relação ao Gabriel. Acho que o medo deles, era justamente o preconceito, o estigma. Pois todas as pessoas do meu círculo de pacientes, amigos e familiares, eventualmente dão uma passadinha aqui no blog.
E contar algo no blog é contar para o mundo. Tipo, tem gente na Rússia que lê o blog!!!

Me disseram assim:
"E se o Gabriel crescer e melhorar muito, ele será sempre taxado como autista, vão tratar ele diferente..."
Gente, sinceramente? 
Uma criança que precisa de fono duas vezes na semana, psicóloga quinzenal na escola, e terapia de intervenção precoce (ou nazismo, como eu costumo chamar, porque o troço é rigoroso pacas), é uma criança especial. Ela invariavelmente será tratada de forma diferente. E não vejo isso como uma coisa ruim. Até porque, quando e se ele melhorar muito (acredito que vai!), retornar ao padrão de normalidade, a tendência é que voltem a trata-lo normalmente.

Muitas pessoas que me conhecem, foram extremamente carinhosos comigo depois que leram o post. Me telefonaram, me mandaram e-mails, e os comentários de vocês foram de tirar o fôlego.

Pensei até em fazer um blog sobre autismo, que já tinha inclusive nome ("Rainbow Kids"), mas pensando bem, não tenho dado conta nem desse blog, que é o xodó da minha vida, imaginem se eu tivesse dois blogs? Sinistro!

Sem contar que tenho uma notícia ultra-mega-hiper maravilhosa para dar a vocês!
Sim, o autismo é uma espécie de buraco negro, que te suga para dentro dele, com tudo o que você tem. Mas não, eu definitivamente não vou permitir que isso aconteça comigo e a minha família. Portanto, após a fase do luto inicial, e da instalação da nova rotina na nossa vida, eu estou voltando com força total ao meu trabalho (eu não parei de trabalhar, mas confesso que o sorriso que eu sempre distribuí entre meus pacientes, não conseguia chegar aos meus olhos).

E aí, pra inaugurar essa nova fase ótima, de transformações pessoais e familiares, resolvi dar um novo grande passo. Compramos finalmente um aparelho po-de-ro-so para diminuir medidas. 
Quem lê o blog, sabe que estou há mais de um ano namorando uma máquina que trabalhasse esse tipo de queixa. As máquinas vão chegar em outubro no Rio de Janeiro, em pouquíssimos consultórios, entre eles, o nosso!!!!
E o melhor! Essa máquina não trabalha com congelamento de gordura e nem com vácuo, que provocava hematomas e dor.
Esse é um laser mesmo!!! Indolor (aleluia, meu pai!!!).
Depois vou fazer um post só sobre isso, mais detalhado, pois quero colocar fotos e informações científicas.

A vida não se resume a autismo, meu povo!!!
Bola pra frente!!!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O post mais difícil de escrever

Vocês não calculam quantas vezes eu comecei a escrever este post e depois deletei tudo. Esse foi o post mais difícil de escrever da minha vida. 

(Só pra tranquilizar vocês, isso não é um post de despedida. Digo isso, porque a coisa está soando dramática demais. E é.)

A começar pela decisão em escreve-lo. Grande parte da família me aconselhou a não contar nada aqui, com as melhores intensões de proteger o Gabriel. Eu mesma tinha concordado com isso. Depois, lendo mais sobre o assunto, e por "ler mais sobre o assunto", entendam que eu tenho varado madrugadas lendo sobre o assunto, descobri que agir o quanto antes nesse caso, faz toda a diferença. E eu tenho em minhas mãos um BAITA canal de comunicação, concordam? Mas para a ação ocorrer, é necessário haver a suspeita. E não existe suspeita sem informação. 

E é por isso que estou escrevendo este post. Mas eu sei que vocês não estão entendendo nada, então eu vou contar do começo. Senta, que lá vem história.

Vocês se lembram, que no primeiro semestre deste ano, o pediatra do Gabriel levantou uma suspeita de autismo? E que, ao ser levado em uma neurologista muito famosa, ela não fechou o diagnóstico?
Pois então. Na primeira consulta, ela deixou a coisa meio em aberto, mas na segunda consulta, que ocorreu em Julho, ela encaixou o Gabriel dentro do temido espectro autista.

E por essa razão, eu sumi daqui por umas semanas. Fiquei totalmente sem chão, desnorteada, e passei uma semana chorando, sempre de madrugada, geralmente de quatro até às seis da manhã, para o Gabriel não ver.
A anta que vos escreve, ainda chegou a pensar assim, "Graças a deus o menino não é autista, só tem umas poucas características de autismo, por isso é que ele está só dentro do espectro do autismo, e não NO AUTISMO, propriamente dito".

Mas "estar dentro do espectro autista" é só uma espécie de eufemismo, como vim a descobrir depois. É uma maneira de fazer a mãe chorar horas depois da consulta, quando vai pesquisar sobre isso em casa, para ela não desabar na frente do neurologista. Ser autista e estar dentro do espectro autista é tudo a mesma coisa.

Dito  isso, deixem-me tranquiliza-los, se é que isso pode ser considerado uma vantagem. O caso do Gabriel, NOSSO GABRIEL, é muito, muito, muito, muito leve. Mas para mim, não interessa se o caso é leve, moderado ou intenso, pois estamos falando do nosso garotinho, e não de uma aula de spinning.

O caso dele é tão brando, que, estando sozinho, vocês não iam suspeitar de nada. Bom, eu não suspeitei a princípio. depois descobri que alguns comportamentos que eu achava uma fofura, não eram tão inocentes assim. Tipo esse, brincando com o berço:


Esses movimentos repetitivos, que, devo confessar, nem são assim tão frequentes, e que eu estava achando engraçadíssimo, não é saudável.
Outra situação. Gabriel olha nos nossos olhos, o que é ótimo. Mas eu nunca tinha reparado, que ele olha muito pouco nos olhos de outras crianças. A foto ilustra bem a situação. Mas eu achava que ele fazia isso, porque ele "se bastava". E achava ótimo ele brincar sozinho, dizia que ele era "auto-brincante".


Outro sintoma que eu achava o máximo, e nem desconfiava que pudesse ser um sinal de alerta, era a capacidade que o Gabriel tem com letras e números. Aos dois anos, ele conhece todo o alfabeto. Em inglês. Eu ensinei. Eu gosto tanto de ler, que queria ser a pessoa que iria ensina-lo a fazer isso. Então todos os dias, eu mostrava o alfabeto para ele. E em quinze dias, ele aprendeu. Ele tinha 1 ano e 10 meses.



Ele também sabe contar de 1 até 20, em português e em inglês, de frente pra trás e de trás pra frente. Na foto, ele está apontando para a letrinha, mas isso era um evento raro. Aos dois anos, ele quase não apontava, não dava tchau (aliás, não dá até hoje), não mandava beijos...
Com 1 ano e 9 meses, ele não falava nem mamãe, só as porcarias das letras.
As pessoas diziam que cada criança tem o seu tempo. Isso é verdade. Mas se você se conformar com essa frase, seu filho pode estar dentro do espectro, e você perde um tempo valioso de tratamento, que faz toda a diferença.
Porque o cérebro pode ser reprogramado, e quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Autismo não tem cura (ainda), mas tem tratamento, e muitas crianças melhoram TANTO, que esses traços podem diminuir expressivamente, e até mesmo sumir completamente (eu comparo muito o autismo com o melasma, que não tem cura, mas com tratamento as manchas clareiam e podem até sumir em alguns casos).


Outra característica que eu achava maravilhosa ("meu filho é um gênio!"), é a facilidade com que ele lida com aparelhos eletrônicos. Ele mexe no meu celular melhor que eu. Muda aplicativos de lugar, sabe a senha para desbloquear, e um dia ligou para a Dinda dele e ficou falando. Joga joguinhos de crianças de 5, 6 anos, e é um mestre dos quebra-cabeças. Isso tudo pode ser sintoma de autismo e vocês devem ficar de olho.

O motivo deste post, além do desabafo, é alerta-los. 
É preferível suspeitar da doença, mesmo que ela não se confirme posteriormente, do que perder tempo.
Aqui, tempo não é dinheiro.
Aqui, tempo é qualidade de vida (de pais e filhos). Independência. Intervenção precoce. Plasticidade cerebral. Reversão de sinais que estigmatizam a pessoa. 
Aqui, tempo é PERDA DE DINHEIRO, pois você vai gastar muito com terapias, médicos, atividades.
Mas cada centavo gasto, e cada segundo "perdido", valem a pena.
O que nós ganhamos em troca, tem valor INCALCULÁVEL.
Gabrielzinho já melhorou muito!
É outra criança!
É óbvio que não vou transformar meu blog em um blog sobre autismo, mas não tenho como não abraçar a causa do meu filho. Eventualmente falaremos disso por aqui. É uma questão de saúde pública, pois o autismo atinge em média 1 pessoa a cada 160 indivíduos (já li um artigo que sugeria 1 a cada 100) . 
Isso é MUITA coisa.
A cor do autismo é azul. Quando eu escrever sobre isso, o texto será sempre azul.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Saudades, notícias em breve, Short Film do aniversário do Gabriel


ShortFilm - Gabriel {2 anos} from M3 Fotos e Filmes on Vimeo.

Oi, pessoal!!!
Muitas saudades de postar, acho que vou conseguir em breve escrever mais do que umas poucas linhas para vocês.
Está tudo bem, mas passou um tsunami pela minha vida.
Dou mais notícias em breve, estou me arrumando para ir trabalhar.
Beijo no coração!
Fiquem com o vídeo do Gabriel!

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minhapele@ig.com.br, Rio de Janeiro, Brazil
Uma médica que ama dermatologia, medicina estética, e principalmente, ADORA o que faz. Um cirurgião plástico apaixonado pela profissão.

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