domingo, 6 de abril de 2008

A Solução para "Orelhas de Abano"


1- O que é a otoplastia?

Esse é o nome técnico da cirurgia da orelha. "Serve para corrigir diversas alterações anatômicas das orelhas, melhorar a forma e diminuir sua proeminência, colocando-as em uma posição mais harmônica em relação às proporções faciais", explica o cirurgião plástico Fabrício Torres (SP).


2 - Qual é a indicação da técnica?

A otoplastia é realizada se a orelha não está nos padrões costumeiros e é mal formada. Isso significa orelhas de abano, ou seja, muito projetadas e abertas, e também aquelas que não têm as curvas internas. De acordo com o cirurgião plástico Bernardo Melman, da Clínica Downton (RJ), essas deformidades podem ser genéticas, devido a algum tumor ou acidente. Nas crianças, o mal pode atrapalhar o desenvolvimento da personalidade. Nos adultos, pode comprometer o desempenho no trabalho e dificultar a ascensão profissional. Por isso, a indicação da cirurgia está intimamente ligada à baixa auto-estima.


3 - Qual é a contra-indicação?

Não há. Apenas a orientação de ser realizada após os sete anos de idade.


4 - Quais são os procedimentos pré-operatórios?

É necessário fazer os exames de rotina, como sangue, coagulação, eletrocardiograma, fezes, urina e raio-x do tórax. Durante a consulta, o médico irá perguntar (e você deve responder com sinceridade absoluta) sobre o uso de medicamentos, drogas, cigarro e bebida alcoólica. "Você precisa lavar o cabelo na véspera da cirurgia e, se o procedimento for realizado sob anestesia geral, fazer jejum de oito a doze horas", esclarece o cirurgião plástico Luis Henrique Bussinger (RJ).


5 - Como é realizada a cirurgia?

Sob anestesia local ou geral, é feita uma incisão atrás da orelha (no sulco entre ela e a cabeça) cerca de 3 a 4 cm. Em seguida, é feito o descolamento e rotação da concha auricular, fixando-a por pontos mais próximos da cabeça. Como se trata de uma região de pele muito fina, a cicatriz tende a ficar quase imperceptível. É utilizado um fio absorvível, que dispensa a retirada dos pontos no pós-operatório. A cirurgia dura em torno de uma hora e meia para os dois lados.


6 - Como é o pós-operatório?

O cirurgião prescreve analgésicos e antibióticos nos primeiros dias e higiene local. A paciente precisa manter as orelhas secas e tomar cuidado com traumas locais no primeiro mês. O curativo nada mais é do que uma faixa (pode-se substituir por lenços e faixas de cabelo para deixar o visual mais moderno e disfarçar a cirurgia), que deve ser usada durante um mês para manter a orelha na posição desejada. Durante os cinco primeiros dias, lave o cabelo com água e sabão neutro. A cicatriz fica protegida com curativos pequenos. O retorno às atividades se dá após cinco dias da cirurgia.


7 - Como manter o resultado?

Após o primeiro mês, poucos cuidados são necessários. Entre eles, ficar atenta a traumas locais e evitar sol, friagem e vento por quatro meses. O acompanhamento médico deve ser mensal durante três meses para que o cirurgião possa acompanhar o processo de cicatrização.


8 - Em quanto tempo é possível notar o resultado?

Ao terminar a operação, a paciente se olha no espelho e percebe a correção obtida, mesmo com o inchaço. Assim que se retira o curativo, já se tem 80% do efeito almejado. Após seis semanas, o resultado será definitivo.


9 - Há necessidade de refazer a cirurgia?

Se houver alguma complicação, é preciso, sim, refazer o procedimento cirúrgico. Mas o resultado é definitivo na maioria dos casos. É importante deixar claro que uma leve assimetria sempre ficará, pois, mesmo as pessoas não operadas e com orelhas normais, não apresentam simetria absoluta. Entretanto, as estatísticas mostram que pode haver recidiva do abano (parcial, geralmente) em 5% dos casos. As recidivas são mais comuns nos adultos e nas pessoas com a cartilagem inelástica (mais dura). Nestes casos, pode ser necessária uma segunda intervenção.


10 - Quanto custa o procedimento?

A cirurgia custa de R$ 4 mil a R$ 6 mil e a faixa compressora de R$ 50 a R$ 120.


FONTE: Revista Plástica & Beleza

Um comentário:

Anônimo disse...

Puxa,custa tão caro pra deixar de ser um "dumbo"!!!!

Quem somos nós:

Minha foto
minhapele@ig.com.br, Rio de Janeiro, Brazil
Uma médica que ama dermatologia, medicina estética, e principalmente, ADORA o que faz. Um cirurgião plástico apaixonado pela profissão.

Acompanham este blog:


Onde você está???