segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Pegadinhas Alimentares:


FONTE: REVISTA NOVA
Texto: Karina Hollo e Angela Senra

Para não levar pão normal por integral, barrinha energética por protéica, todo cuidado é pouco com detalhes dos rótulos que fazem toda a diferença.


FIBRAS PRA QUE TE QUERO!


- Você ouviu falar que alimentos integrais fazem bem ao intestino, à pele e até à sua boa forma, aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a compulsão por doces (e é a mais pura verdade). Aí, cheia de ótimas intenções, foi ao mercado e encheu o carrinho com eles. Fez bom negócio? Somente se cada um tinha em sua composição, no mínimo, 1,5 grama de fibras por porção (para os líquidos, como iogurte de aveia) ou 3 gramas (no caso dos sólidos, tipo pão). "Recomendo optar pela marca que oferecer mais, já que a quantidade de farinha integral varia de acordo com o fabricante", fala Ligia. Quanto mais grãos e sementes, melhor.


QUANDO A ESMOLA É DEMAIS, DESCONFIE


- Mesmo que a embalagem destaque um nutriente funcional, capaz de fortalecer o organismo contra doenças, cheque na tabela se não está fazendo isso para distraí-la. Traduzindo, pode alardear alto índice de ômega 3 (gordura do bem que constitui as membranas das células e participa da transmissão dos estímulos nervosos, além de reduzir os níveis de colesterol e de triglicérides do sangue e combater processos inflamatórios), mas conter também elevado nível de gordura, sódio e açúcar, não tão benéficos assim.

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO


- Não se deixe intimidar pela pequenez das letras. Um artifício comum usado pelos fabricantes de requeijão, por exemplo, é colocar as informações nutricionais em algarismos minúsculos e na tampa do produto. Haja determinação para ler! Se precisar de incentivo, pense na saúde das suas artérias e em todo o esforço que faz na academia para deixar o corpo malhado.

INSIGNIFICANTE PARA QUEM, CARA PÁLIDA?


- Outro truque capcioso é aquele que diz que o alimento "não contém quantidades significativas" de determinado nutriente, artifício muito usado no caso da gordura trans. Vamos desarmar a armadilha: realmente, se a porção tem até 0,2% dela, está dentro do que a legislação estabeleceu como quantidade segura a ser ingerida. No entanto, você já leu em NOVA que o melhor é evitar 100% dessa gordura que só faz mal - aumenta o colesterol ruim (LDL) e diminuiu o bom - e vai se acumulando no organismo. Não precisamos mesmo dela para nada. "Fora que, se consumir várias dessas porções num dia, ultrapassará o limite máximo permitido de trans (2%)", alerta Ligia.

ZERO RELATIVO


- Bebida e comida zero caloria, açúcar e gordura? Nem sempre os rótulos dizem toda a verdade. A legislação permite que a informação conste dessa forma quando o produto oferece quantidade de calorias ou de nutrientes menor ou igual à estabelecida como "não significativa" (veja tabela ao lado). Lembra-se desse termo? "Exemplo disso é que existe cerveja que se diz sem álcool mas que tem 0,5% dele", diz Ligia. Mais uma coisa precisa ficar clara: quando consome uma bala ou chiclete com caloria zero, você não está ingerindo nenhum nutriente. Então, deve estar consciente de que essas gulodices representam apenas diversão extra para seu paladar.


TRUQUE ENCHE-OS-OLHOS


- Alimentos de origem vegetal não têm colesterol. Logo, se essa informação vier piscando na embalagem de óleo, por exemplo, o objetivo é um só: impressionar você.

CEM POR CENTO PROTÉICA?


- É comum fãs de barrinha protéica estranharem ler no rótulo a mesma quantidade ou até mais de carboidrato que de proteína. Não seria, então, uma barrinha energética? "Na verdade, a proteína é uma substância seca que precisa do carboidrato para ganhar consistência saborosa", avisa Cynthia. Para fazer uma comparação, olhe a barrinha de cereais: ela tem cerca de 1 grama de proteína, enquanto a protéica acumula, em média, 15 gramas, superior à medida presente no ovo (13,3).

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