Todo mundo sabe, que as pessoas que realizam atividades na neve (a princesa Anna que o diga, procurando a irmã na geleira) ou em situações de frio intenso (tipo trabalhar em um frigorífico), podem eventualmente sofrer de uma condição chamada HIPOTERMIA.
Geralmente, quando precisamos encarar o frio, tentamos nos vestir adequadamente para a ocasião, e raramente esse tipo de "acidente" acontece, salvo em pessoas que se perdem, fazendo esportes de inverno. Mas vocês já pararam pra pensar que a hipotermia pode acontecer até aqui, no Rio de Janeiro, nesse nosso inverno de araque?
Pois é, aconteceu na última sexta-feira com o Gabriel. Estivemos em Angra, e embora não estivesse um dia super quente, o clima também não estava suficientemente frio para impedir que um certo garotinho resolvesse aproveitar a praia. Coloquei suas roupas com proteção UV e passamos a tarde dentro da água.
Lá pelas tantas, ele começou a tremer muito, de uma maneira que até nos assustou. Saímos da água e o coitadinho estava gelado, batendo queixo. Rapidamente, tiramos sua roupa com proteção UV (que pode ter contribuido para essa queda abrupta da temperatura) e observamos sua pele, que estava arroxeada, não só nos membros, mas também na região do tórax, nádegas e bochechas. Nesse momento, ficamos mais preocupados.
Pegamos três toalhas e abraçamos o gordinho, certos de que rapidinho ele pararia de tremer. Não parou.
Então resolvemos leva-lo para o quarto e dar um banho de água quente. Enchemos uma banheira com água morna tendendo a quente, e lá ele permaneceu durante uns 20 minutos. Ele estava animado e feliz com o banho quente, mas continuava arroxeado. A temperatura estava em 36 graus (sempre levo um termômetro, ele não serve só para ver FEBRE). Até cogitamos de ele ter engolido algo que poderia ter ido parar na traquéia, mas além da respiração dele estar em um ritmo normal, convenhamos, se fosse isso, ele já estaria desacordado.
Liguei para a minha mãe, que me lembrou de repor a glicose, dando um líquido doce e quente. Rapidinho preparei uma mamadeira daquelas, e esse foi o pulo do gato. Só depois dela, é que ele de fato, voltou a sua cor de boto cor de rosa.
Então vamos combinar assim, para não deixar que isso aconteça com vocês:
Cuidado com crianças dentro da água. É possível ocorrer hipotermia mesmo em dias de sol. Crianças perdem calor mais rápido do que adultos.
Cuidado com roupas de proteção UV. Em dias mais amenos, elas podem contribuir para diminuir mais a temperatura corporal, principalmente quando a criança sai da água.
Ofereça lanches regulares.
E, se por acaso acontecer, tome as seguintes medidas:
Saiba mais sobre o assunto, clicando AQUI.
4 comentários:
Nossa que perigo!!
Não sabia disso.
Dica maravilhosa.
Ótima dica! De um abraço bem quentinho no seu filhote sapeca! Viviane C.
Ufa que sufoco!
A orientação da vovó foi precisa.
Dicas registadas para eventual risco da hipotermia.
Abraço.
Cláudia
Sempre tenho dúvida sobre a roupa com UV quando a temperatura está amena (amena, digo, p.ex. uns 27 graus). Porque, normalmente, também há um ventinho (gostoso, mas que com uma blusa molhada, pode fazer mal). Nunca sei o que fazer!!! Meu filho mais velho já me disse que a roupa aumenta o frio dele na piscina (e a piscina é aquecida...). Que faço??? Beijocas (adoro o seu blog!!!)
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